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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Disciplina Positiva - meus primeiros passos

Faz um tempo que estou me dedicando a prática da disciplina positiva. Leio, assisto vídeos, participo de webnário, pratico, acerto, erro, erro de novo... mas como mãe de 3, impossível não aprender a cada dia, cresço e amadureço desde o nascimento de cada uma.



Assim como nós evoluímos, a educação também deve caminhar rumo à evolução. A criança de antigamente não é a mesma de hoje. Não querendo dizer que era errada, eu honro a educação que os meus pais me deram, que meus avôs deram para os meus pais, mas nós evoluímos, a educação também evolui. 

A ideia da disciplina positiva é encontrar um equilíbrio entre permissividade (pode tudo) e autoritarismo (nada pode). É possível ensinar limites sem gritar, bater, punir ou humilhar. 

Quando a gente se abre a novas idéias, novas propostas, nós podemos sim mudar e para melhor. Vamos estar de mente aberta para receber o novo e a oportunidade de trocar experiências.

Quando usamos as ferramentas de Disciplina Positiva o dia se torna mais harmonioso, sendo mais prazeroso se relacionar com todos os que nos cercam. Uma das ferramentas em Disciplina Positiva é que os "erros são ótimas oportunidades de aprendizagem". Todos aprendemos observando. Os adultos podem e irão errar, mas aprenderão ferramentas para reparar seus erros e focar em soluções.

Existem livros da Dra. Jane  Nelsen, Lynn Lott, Cheryl Erwin, e trabalhos como de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs na qual a disciplina positiva foi baseada.

No post de hoje resolvi abordar o tema: Castigos, recompensas e ameaças na educação.


Vou falar por mim, um exemplo bem simples, mas que pode soar familiar:
  • Se não arrumar esses brinquedos vou jogar tudo fora;
Nesse caso é uma ameaça, que na verdade nunca cumpro, e aí elas voltam a fazer, sem aprender a arrumar ou organizar.

Claro que escolhi um bem simples e aparentemente inofensivo, né?! Ótimo para a mudança de hábito e introduzir os primeiros passos da disciplina positiva, depois é avançar para o próximo nível.

O que fazer? 
Explicar quais as Conseqüências do ato ao invés do “punir” ou ficar ameaçando toda hora.

  • Quanto menor a idade da criança mais rápido devem ser as explicações.
  • Quando me irrito quebro o elo de reciprocidade, de educação.

Exemplo: A criança que deixa brinquedos jogados no chão. Nesse momento falar qual a conseqüência de deixar os brinquedos jogados no chão? 
Fale que pode quebrar ou até se machucar tropeçando e se dispõe a ajudar, ensinando a deixar na caixa de brinquedos, por exemplo.

Outra conseqüência, o tempo perdido que podia estar escutando uma historinha e ter momentos a mais com o pai e a mãe e tem que ficar arrumando.

Sem muito discurso, às vezes, não aprendem de primeira, aliás essa questão dos brinquedos, aqui em casa a Adele tá no processo, mas já entendeu "que brincou, guardou" para que não quebre ou se machuque e ainda ajuda a mãe na organização da casa! mas sempre conversando, explicando de maneira breve, firme e gentil.

Pensa comigo:

Recompensa: quando oferecemos uma recompensa, a criança tá sendo boazinha porque entendeu? ou porque quer a recompensa?

Precisamos considerar: Porque continua fazendo se já foi falado 1000 vezes? Temos que ver qual a causa que tem por trás do mau comportamento, mesmo quando já foi falado 1000 vezes, se já falamos 1.000 x e ainda repetem o erro é simples  não aprenderam! São crianças lembram? Nossa missão é ensinar.


Agora com as crianças maiores (pré adolescente) – querem ser compreendidos e não repreendidos, e sempre eles tem uma justificativa. Então,quando os pais só cobram acabam não dando oportunidade de ouvir seu filho. Sempre tem algo que pode ser conversado e resolvido.


Quando pensamos em longo prazo temos o compromisso com a educação.

Castigo x recompensa - não aprende, não entende.

Como fazer na prática?

Exercitando. A criança tá aprendendo, dá novas possibilidades, deixe ela pensar nas boas escolhas.  

Outro exemplo, criança que joga a comida no chão. Disponibilize boas alternativas:

Você quer um prato fundo?

Quer comer com colher?

Quer que eu corte a batata?

Ah, mas não é assim, no dia-a-dia é difícil! Realmente, não disse que seria fácil! Porém, tudo isso, foi estudo detalhado, pesquisas e como trazem conseqüências lá na frente.

Até os 7 anos a criança registra e capta tudo o que a gente fala e fica guardado na memória até a fase adulta.

Afirmações do tipo:

Você não tem jeito,

Você é bagunceira,

Eu não aguento mais você assim.


Vamos dar oportunidades para eles se resolverem, entenderem  e não esperar serem punidos. Além disso, punição é triste, dói, gera mágoa…

Agora resolver é motivador, que bom que você limpou, arrumou, conseguiu… Valorize!

Conversando dá certo. Pensar no aqui e agora e lá na frente! Não é mágica, é um processo…

Te convido a dar o primeiro passo: agir com firmeza e gentileza. Essa combinação oferece um ótimo convívio e educação para os nossos filhos.

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